Setembro É Dedicado Às Sete Dores De Maria

03/08/2022

O mês de setembro é dedicado às Sete Dores de Maria. A devoção às dores da Virgem Maria data do século XII, quando apareceu nos círculos monásticos sob a influência de Santo Anselmo e São Bernardo. Os cistercienses e depois os servitas se encarregaram de propagá-la. Difundiu-se no século XIV e especialmente no século XV, particularmente na Renânia e em Flandres, onde surgiram as Confrarias da Mãe Dolorosa. Foi neste contexto que foram redigidos os primeiros folhetos litúrgicos em sua homenagem. Um conselho provincial de Mainz em 1423 fez uso deles para estabelecer uma "Festa das Dores de Maria" em reparação pelas profanações hussitas de suas imagens.

St. Afonso Maria de Ligório em sua obra "Glorias de Maria" - baixe a seguir - nos apresenta no Tratado II, As Dores de Nossa Senhora (página 230), reflexões sobre cada uma das Sete dores de Nossa Senhora (pág. 240).

AS SETE DORES

  • A profecia de Simeão. (São Lucas 2, 34, 35)
  • A fuga para o Egito. (São Mateus 2, 13-14)
  • A perda do Menino Jesus no templo. (São Lucas 3, 43-45)
  • O encontro de Jesus e Maria na Via Sacra.
  • A Crucificação.
  • A descida do Corpo de Jesus da Cruz.
  • O sepultamento de Jesus.

OS BENEFÍCIOS DA DEVOÇÃO À MÃE DAS DORES

  1. Perceber o valor de uma alma, vale o sacrifício supremo no Calvário.
  2. Trabalhar pelas almas, pela evangelização, dever aos deveres da vida, e a oração pelos pecadores.
  3. Rezar sempre, numa vida de união com Deus; quem tem um coração semelhante ao de Jesus e de Maria, trabalhará pela salvação das almas.

A PRIMEIRA DOR DE MARIA: A PROFECIA DE SIMEÃO NA APRESENTAÇÃO NO TEMPLO

 (Lc 2, 22-35)

  1. Quando se completaram os dias para a purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém a fim de apresentá- lo ao Senhor
  2. E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão e o Espírito Santo estava nele
  3. Ele tomou Jesus nos braços e bendisse a Deus, dizendo: Agora, Soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;
  4. porque meus olhos viram tua salvação, que preparaste em face de todos os povos.
  5. Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que diziam dele.
  6. Simeão abençoou-os e disse a Maria, a mãe: "Eis que este menino foi colocado para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel, e como um sinal de contradição
  7. - e a ti, uma espada traspassará tua alma! - para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações". 

A SEGUNDA DOR DE MARIA: A FUGA PARA O EGITO

 (Mt 2,13-21)

  1. Após sua partida, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se em sonho a José
  2. E lhe disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar".
  3. José se levantou, tomou o menino e sua mãe, durante a noite, e partiu para o Egito. Ali ficou até a morte de Herodes.
  4. Então Herodes, percebendo que fora enganado pelos magos, ficou muito irritado.
  5. E mandou matar, em Belém e em todo seu território, todos os meninos de dois anos para baixo.
  6. Quando Herodes morreu, eis que o Anjo do Senhor manifestou-se em sonho a José, no Egito.
  7. "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, pois os que buscavam tirar a vida ao menino já morreram". Ele se levantou, tomou o menino e sua mãe e entrou na terra de Israel. 

A TERCEIRA DOR DE MARIA: A PERDA DE JESUS NO TEMPLO 

(Lc 2, 41-50)

  1. Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. 42Quando o menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para a festa.
  2. Terminados os dias, eles voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém,
  3. Sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia,
  4. E puseram-se a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. E não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura.
  5. Três dias depois, eles o encontraram no Templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os;
  6. Sua mãe lhe disse: "Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos".
  7. Ele respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?" 

A QUARTA DOR DE MARIA: MARIA ENCONTRA JESUS NO CAMINHO DA CRUZ

 (Jo 19,16-17; Lc 23, 26-32)

  1. Então eles tomaram a Jesus. E ele saiu, carregando a sua cruz,
  2. Enquanto o levavam, tomaram um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e impuseram-lhe a cruz para levá-la atrás de Jesus.
  3. Grande multidão do povo o seguia, como também mulheres6 que batiam no peito e se lamentavam por causa dele.
  4. Jesus, porém, voltou-se para elas e disse: "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!
  5. Pois, eis que virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, as entranhas que não conceberam e os seios que não amamentaram!
  6. Porque se fazem assim com o lenho verde, o que acontecerá com o seco?
  7. Quando chegaram ao lugar que se chama Calvário.

A QUINTA DOR DE MARIA: JESUS MORRE NA CRUZ

 (Mc 15, 22; jo 19,18, 25-27; Mc 15, 34; Lc 23, 46)

  1. E levaram Jesus ao lugar chamado Gólgata, que, traduzido, quer dizer o lugar da Caveira.
  2. Onde o crucificaram; e, com ele, dois outros: um de cada lado e Jesus no meio.
  3. Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena.
  4. Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: "Mulher, eis o teu filho!"
  5. Depois disse ao discípulo: "Eis a tua mãe!" E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa.
  6. E, à hora nona, Jesus deu um grande grito, dizendo: "Eloi, Eloi, lemá sabachtháni" que, traduzido, significa: "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?"
  7. E Jesus deu um grande grito: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito". Dizendo isso, expirou. 

A SEXTA DOR DE MARIA: JESUS É TIRADO DA CRUZ 

(Jo 19, 31-34, 38; Lm 1, 12)

  1. Como era a Preparação, os judeus, para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado os judeus pediram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
  2. Vieram, então, os soldados e quebraram as pernas do primeiro e depois do outro, que fora crucificado com ele.
  3. Chegando a Jesus e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas,
  4. mas um dos soldados, traspassou-lhe o lado com a lança e imediatamente saiu sangue e água.
  5. Depois, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, pediu a Pilatos que lhe permitisse retirar o corpo de Jesus.
  6. Pilatos o permitiu. Vieram, então, e retiraram seu corpo.
  7. "Vós todos que passais pelo caminho, olhai e vede: Há dor como a minha dor?" 

A SÉTIMA DOR DE MARIA: JESUS É COLOCADO NO TÚMULO

 (Mt 27, 59; Jo 19, 39-42; Mc 15, 46; Lc 23, 55-56)

  1. José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo
  2. Nicodemos, aquele que anteriormente procurara Jesus à noite, também veio, trazendo cerca de cem libras de uma mistura de mirra e aloés.
  3. Eles tomaram então o corpo de Jesus e o envolveram em panos de linho com os aromas, como os judeus costumam sepultar.
  4. Havia um jardim, no lugar onde ele fora crucificado e, no jardim, um sepulcro novo, no qual ninguém fora ainda colocado.
  5. Ali, então, por causa da Preparação dos judeus e porque o sepulcro estava perto, eles depositaram Jesus. Em seguida, José rolou uma pedra, fechando a entrada do túmulo.
  6. As mulheres, porém, que tinham vindo da Galiléia com Jesus, haviam seguido a José; observaram o túmulo e como o corpo de Jesus fora ali depositado.
  7. Em seguida, voltaram e prepararam aromas e perfumes. E, no sábado, observaram o repouso prescrito.

 Original em inglês: St. Kuriakose Catholic Church