O Silêncio Culposo: A perseguição religiosa e a trágica indiferença do Ocidente.

20/01/2018

Escrito por Benedict Hince

Dez segundos assistindo esse vídeo e você crê que já viu isso antes: o som de armas de fogo, de homens gritando em uma linguagem muito familiar que ouvimos repetidas vezes no noticiário.

Vinte segundos assistindo esse vídeo e você se "simpatiza" com o pedido da mulher, "não está terrível lá fora?".

Trinta segundos e você fica confuso com a imagem de toda a sala; você luta para compreender todo o cenário. A dor quase se torna mais real pelo contraste entre a mulher e aqueles que estão de pé em silêncio; "Simpatizar", você percebe, não é a resposta adequada.

Quarenta segundos ... "Salvem-nos! Em nome da Humanidade! Salvem-nos!" Embora possa já ter visto isso - e talvez tenha mesmo - você percebe que é algo de que não consegue se esquivar .

Essa foi claramente a minha experiência com este vídeo e espero que, de alguma forma, seja a sua também:

As palavras de Mons. Mirkis realmente me atingiram profundamente, especialmente à luz da maneira que eu respondi aos primeiros quarenta segundos. Ele estava me descrevendo e a minha complacência ao pensar que eu tinha visto isso antes:

"Tudo se torna normal ... A primeira vez choca, mas a terceira vez - normal".

Mas a perseguição de outros nunca deveria ter se tornado normal. É uma indignidade, e sua raiva é a resposta adequada a essa atitude.

E, mesmo assim, o vídeo continua tão cheio de esperança!

Ouvimos como a perseguição vem mostrando aos cristãos o valioso tesouro que eles têm. E que há um chamado para se manter firme, ser corajoso e professar a fé com mais compromisso e zelo do que no passado. É tão extraordinário que as palavras me escapam.

De nossa parte, o vídeo exige as nossas orações. E devemos rezar! Pois é assim que devemos responder no primeiro instante ao pedido de ajuda daquela mulher, e é assim que acabamos com esta atitude de normalizar a sua perseguição. Devemos rezar fervorosamente, e devemos rezar com uma confiança simples e profunda na realidade do poder que possuem nossas orações.

Mas por que rezamos? Pelo um fim da perseguição? Pela conversão dos perseguidores de Cristo? Todos nós temos nossa própria oração que vem do coração, mas rezemos como intercessores dos nossos irmãos e irmãs cristãos, em confiança filial em Deus e com a firmeza da perseverança no amor.

Isso ainda acontece hoje. Neste instante mesmo. Assim eu o convido, depois de ler este artigo, para parar e rezar agora: feche seu dispositivo, desligue o rádio e reze por nossos irmãos e irmãs, pois temos a obrigação de não ficarmos em silêncio.

Original em inglês: https://catholic-link.org/guilty-silence-persecution-indifference/