Maneiras Práticas De Deixar O Orgulho De Lado
O orgulho tem quatro espécies: vanglória, ostentação, hipocrisia e ambição. Quando os vemos exibidos nos outros, achamos que eles são muito pouco atraentes. No entanto, persistimos em adotá-los para nós mesmos. Este é o grande paradoxo do orgulho. O que achamos revoltante nos outros, escolhemos para nós mesmos. Como podemos nos livrar desse vício tolo e impróprio? Felizmente, existem maneiras práticas pelas quais podemos deixar de lado cada uma dessas quatro espécies de orgulho.
A Vanglória:
A tentação de se gabar de nossas realizações é muito forte. Um antídoto prático contra elogiar a si mesmo é elogiar os outros. Não importa quão bem façamos alguma coisa, existem inúmeros outros que fazem melhor. É muito mais razoável elogiar os outros do que invejá-los. A inveja nos torna infelizes e não nos leva a lugar nenhum. Devemos nos alegrar com as realizações dos outros e ser gratos por poder compartilhar seus dons. O eminente pianista Arthur Rubinstein disse uma vez que estava tão grato pelas obras de Chopin, Mozart, Beethoven, Brahms e outros grandes compositores que estaria disposto a morrer por elas. Quando elogiamos os outros, em vez de nós mesmos, superamos o desejo de nos vangloriar. Isso nos dá uma maravilhosa liberdade da tarefa fútil de tentar convencer os outros de que somos melhores do que somos.
A Ostentação:
A ostentação é assumir o papel de pavão, ou, para simplificar, ser um "exibicionista". A ostentação envolve palavras, a ostentação envolve posses. A pessoa aquisitiva tenta impressionar os outros com suas roupas, sua riqueza, seu status e até mesmo seu automóvel. A competição para superar os outros pode ser mais frustrante. Liberace disse certa vez ao mundo que seu slogan favorito dizia: "a diferença entre homens e meninos é o preço de seus brinquedos". A preocupação com as posses pode interferir no crescimento. "Manter as aparências" pode ser um jogo perdido. Se desenvolvermos nosso 'eu' interior (sem custo financeiro), a vontade de exibir o que temos começa a desaparecer. Somos mais ricos e muito mais interessantes como pessoas do que como competidores em uma corrida destrutiva.
A Hipocrisia:
Todos nós tentamos convencer os outros de que somos melhores do que sabemos que somos. Para tornar as coisas ainda mais difíceis, somos instados, como diz o ditado, a "dar o melhor de nós". Mas não é fácil praticar o que pregamos. A cura óbvia para a hipocrisia é ser honesto consigo mesmo e admitir que não devemos "fazer ares" que falsificam a forma como vivemos. Em vez disso, devemos viver de tal maneira que possamos apoiar o que pregamos ao colocá-lo em prática. A integridade, portanto, é a resposta à hipocrisia. As pessoas admiram a integridade e detestam a hipocrisia. Mas nossa integridade é difícil de alcançar e precária quando alcançada. A pessoa de integridade compreende que deve permanecer humilde se quiser manter sua integridade.
A Ambição:
A ambição difere do destino. Nossas ambições podem ir contra o destino que Deus designou para nós. Não podemos ler o futuro. Portanto, nossas ambições são muitas vezes baseadas na ignorância. Além disso, elas são inventados apenas com o 'eu' em mente, e não com o plano que Deus tem em mente para nós. Em Henrique VIII de Shakespeare, um ambicioso, mas amargurado Cardeal Wolsey percebe a futilidade de suas ambições. Em um estado de espírito desesperado, ele diz: "Se eu tivesse servido meu Deus com metade do zelo que servi ao meu rei, ele não teria na minha idade me deixado nu para meus inimigos." Seu pecado trouxe à sua consciência um de significado mais primordial. Ele se vira para Cromwell e diz: "Eu te ordeno, jogue fora a ambição: por esse pecado caíram os anjos." Quando somos fiéis a Deus, nosso destino se encaixa e se torna evidente. Quaisquer que sejam as nossas ambições são meramente provisórias. Deus tem nosso destino pré-planejado.
Em resumo, podemos deixar o orgulho de lado: 1) elogiar os outros em vez de nós mesmos. 2) estar mais atento ao nosso desenvolvimento espiritual do que ao nosso acúmulo de bens. 3) certificar-se de que praticamos o que pregamos. 4) permitir que Deus manifeste nosso destino. Estas são quatro maneiras práticas pelas quais podemos dissipar o orgulho e permitir que o realismo da humildade tome seu lugar. Ser humilde é ser quem somos. Ser orgulhoso é a tentativa desesperada de viver uma existência fictícia.
Autor: Prof. Donald Demarco
Original em inglês: Catholic Exchange