Jérôme Lejeune, Pioneiro da Síndrome de Down, A Caminho Da Canonização

27/01/2021

ROMA - O Papa Francisco deu continuidade a causa da canonização de Jérôme Lejeune, um cientista pró-vida francês mais conhecido por seu trabalho pioneiro sobre a Síndrome de Down.

Lejeune dedicou sua pesquisa à compreensão do mistério da síndrome de Down e é reconhecido por descobrir sua causa genética ligada a anormalidades cromossômicas e por defender a vida de crianças com Síndrome de Down ainda não-nascidas.

Na quinta-feira, o Papa autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar um decreto promovendo sua causa para a canonização, destacando as "virtudes heróicas" de Lejeune.

Em 1958, Lejeune descobriu a existência de um cromossomo extra no 21º par durante um estudo dos cromossomos de uma criança com o que então era conhecido como Mongolismo. Esta foi a primeira vez que foi encontrada uma ligação entre uma deficiência intelectual e uma anomalia cromossômica; a condição agora é conhecida como Síndrome de Down ou Trissomia 21.

"Embora os resultados de sua pesquisa deveriam ser utilizados para ajudar a medicina a avançar, eles costumam ser usados para identificar crianças com Síndrome de Down o mais cedo possível, geralmente com o objetivo de interromper a gravidez", afirma a Fundação Jerome Lejeune em seu site.

"Assim que as leis pró-aborto foram elaboradas nos países ocidentais, Lejeune começou a defender a proteção dos nascituros com síndrome de Down: ele deu centenas de conferências e entrevistas em todo o mundo em defesa da vida", acrescenta.

O Dr. Lejeune era um defensor ferrenho não só das pessoas com Síndrome de Down, mas de todos os seres humanos.

"Precisamos ser claros: a qualidade de uma civilização pode ser medida pelo respeito que ela tem por seus membros mais fracos", disse Lejeune. "Não há outro critério." 

"Os inimigos da vida sabem que para destruir a civilização cristã, eles devem primeiro destruir a família em seu ponto mais fraco - a criança", disse ele. "E entre os mais fracos, eles devem escolher o menos protegido de todos - a criança que nunca foi vista; a criança que ainda não é conhecida ou amada no sentido usual da palavra; quem ainda não viu a luz do dia; que não consegue nem gritar de angústia. "

Em fevereiro de 1994, o Papa São João Paulo II nomeou Jérôme Lejeune como o primeiro presidente da recém-formada Pontifícia Academia para a Vida.

Lejeune morreu dois meses após sua nomeação. Ele era casado e pai de cinco filhos.

Original em inglês: Breitbart