A Vida Espiritual De Joana d'Arc A Levou Ao Martírio

11/12/2020

Antes de Joana D'Arc se tornar um soldado, ela era profundamente devotada a Deus, dando-lhe a coragem e a força de que precisava para suportar qualquer prova.

Enquanto muitos se concentram nas bravas campanhas militares de Santa Joana D'Arc e no julgamento injusto que levou à sua morte, poucos reconhecem que antes de tudo ela era uma devotada filha de Deus. Na verdade, foi esse relacionamento profundo com Cristo que deu a ela a força de que precisava para suportar qualquer coisa.

O Papa Bento XVI explicou este lado de Joana em uma audiência geral que deu em 2011. Ele começa resumindo sua santa infância.

Seus pais eram camponeses abastados, conhecidos por todos como bons cristãos. Deles recebeu uma sólida formação religiosa, consideravelmente influenciada pela espiritualidade do Nome de Jesus, ensinada por São Bernardino de Siena e difundida na Europa pelos franciscanos.

Ao Nome de Jesus é sempre unido o Nome de Maria e assim, por detrás da religiosidade popular, a espiritualidade de Joana é profundamente cristocêntrica e mariana. Desde a infância, ela demonstra uma grande caridade e compaixão pelos mais pobres, pelos doentes e por todos os que sofrem, no contexto dramático da guerra.

Isso forneceu a Joan a preparação de que precisava para o que aconteceria a seguir.

Das suas próprias palavras sabemos que a vida religiosa de Joana amadurece como experiência mística a partir da idade de 13 anos (PCon, I, pp. 47-48). Através da «voz» do ancanjo são Miguel, Joana sente-se chamada pelo Senhor a intensificar a sua vida cristã e também a comprometer-se pessoalmente pela libertação do seu povo. A sua resposta imediata, o seu «sim» é o voto de virgindade, com um novo compromisso na vida sacramental e na oração: participação quotidiana na Missa, Confissão e Comunhão frequentes, longos momentos de oração silenciosa diante do Crucifixo ou da imagem de Nossa Senhora. A compaixão e o compromisso da jovem camponesa francesa diante do sofrimento do seu povo tornam-se mais intensos graças à sua relação mística com Deus.

O que é ainda mais notável é como ela se tornou uma força evangelizadora entre os soldados franceses, incentivando-os na prática da fé.

Durante um ano inteiro, Joana vive com os soldados, realizando no meio deles uma verdadeira missão de evangelização. São numerosos os testemunhos relativos à sua bondade, à sua coragem e à sua pureza extraordinária. É chamada por todos e ela mesma define-se «a donzela», ou seja, a virgem.

Mesmo em meio a seu julgamento injusto, Joana procurou manter seu amor a Deus, "A nossa santa vive a oração na forma de um diálogo contínuo com o Senhor, que ilumina também o seu diálogo com os juízes e lhe dá paz e segurança. Ela pede com confiança: «Dulcíssimo Deus, em honra da vossa santa Paixão, peço-vos, se me amais, que me reveleis como devo responder a estes homens de Igreja» ' (PCon, I, p. 252)."

Acima de tudo, devemos aprender com Joana como ser fiel a Deus em qualquer situação. Não podemos confiar em nossa força, mas devemos confiar firmemente em Deus, que nos dará a coragem de que precisamos para enfrentar qualquer obstáculo.

Por Philip Kosloski 

Original em inglês: Aleteia