Cardeal Da Tanzânia: Melhor Morrer De Fome Do Que Abraçar A Homossexualidade

07/12/2018
Cardeal Policarpo Pengo critica programas de ajuda ocidentais coercivos e pró-gays
Cardeal Policarpo Pengo critica programas de ajuda ocidentais coercivos e pró-gays

DAR ES SALAAM, Tanzânia (ChurchMilitant.com) - Um prelado africano está alertando seu povo que é melhor morrer de fome do que abraçar a homossexualidade.

Em um apelo aos legisladores da Tanzânia no mês passado, o Card. Polycarp Pengo de Dar es Salaam atacou os programas de ajuda ocidentais que forçam países pobres a promover a ideologia LGBT em troca de ajuda ao desenvolvimento.

Em uma Missa de ação de graças celebrada pela colheita de novembro, Card. Pengo denunciou a ameaça das nações ocidentais pós-cristãs de parar a ajuda econômica e humanitária à Tanzânia, a menos que o país descriminalize os atos homossexuais e convocou os líderes do governo a se manterem firmes contra a coerção secularista.

"É melhor morrer de fome do que receber ajuda e ser obrigado a fazer coisas contrárias ao desejo de Deus", declarou ele.

"Não podemos aceitar tais coisas desagradáveis a Deus; e se estamos famintos porque nos recusamos a praticar tais atos, preferimos morrer com nosso Deus."

Cada vez mais ativistas ocidentais e seus aliados estão injetando a ideologia LGBT e pró-aborto na política externa, pressionando os países em desenvolvimento a derrubarem as normas religiosas e culturais tradicionais em favor da reengenharia social pós-cristã.

Mas como Card. Pengo demonstrou, vários líderes católicos estão reagindo.

Com que direito as ONG's ocidentais que representam apenas os seus interesses ideológicos afirmam ser juridicamente vinculativa para os Estados africanos a sua visão de mundo?

O Papa Francisco frequentemente critica os programas de desenvolvimento coercitivos, advertindo que eles representam uma "colonização ideológica" corrosiva. Em um discurso nas Nações Unidas no início deste ano, o Papa denunciou os "novos direitos" emergentes que desrespeitam "tradições sociais e culturais" e ignoram as "necessidades reais" das nações em desenvolvimento[1].

"Consequentemente pode haver o risco - de certa forma paradoxal - de que, em nome dos próprios direitos humanos, se venham a instaurar formas modernas de colonização ideológica dos mais fortes e dos mais ricos em detrimento dos mais pobres e dos mais fracos." Francisco advertiu.

Da mesma forma, a fundadora da Culture of Life Africa, Obianuju Ekeocha, é uma crítica feroz do novo imperialismo.

Em entrevista ao National Catholic Register no ano passado, a defensora pró-família nigeriana observou: "O mundo ocidental tem - e ainda está - passando por mudanças morais rápidas e radicais, especialmente com relação à sexualidade humana, casamento, família e claro à santidade da vida humana desde a concepção até a morte natural ".

Obianuju Ekeocha, fundadora da Culture of Life Africa
Obianuju Ekeocha, fundadora da Culture of Life Africa

"Essas mudanças têm sido tóxicas para a sociedade", refletiu Ekeocha, "já que o sexo casual, o aborto e a contracepção se tornaram aceitáveis em muitos países ocidentais, assim como a fluidez de gênero, o 'casamento' entre pessoas do mesmo sexo e estilos de vida homossexual estão sendo apoiados e normalizados pelos mesmos líderes ocidentais ricos e poderosos que detêm e controlam os cofres da ajuda externa."

Em 2015, 45 prelados de mais de três dúzias de países africanos se reuniram para emitir uma "Declaração Comum de Bispos da África e de Madagascar", exigindo o fim dos esforços estrangeiros para nutrir uma Cultura da Morte em toda a África sob o pretexto de ajuda econômica e humanitária.

"Com que direito as ONG's ocidentais que representam apenas os seus interesses ideológicos afirmam ser juridicamente vinculativa para os Estados africanos a sua visão de mundo? Porquê esta programação e esta vontade de poluição e perversão generalizada do continente Africano?

"Uma nova escravidão infligida!" eles exclamaram. "Queremos que a dignidade dos nossos povos seja respeitada."

Falando à sua congregação em Dar es Salaam no mês passado, Card. Pengo lembrou seu rebanho que as consequências envolvidas na luta deles são muito profundas.

"O pecado da homossexualidade", ele advertiu, é "contrário ao plano de Deus na criação", e foi "a causa da destruição de Sodoma e Gomorra".