Cardeal Burke: Sem Comunhão Para Biden

30/09/2020

ROMA (ChurchMilitant.com) - O ex-chefe da mais alta corte do Vaticano afirma que o candidato presidencial democrata Joe Biden não pode receber a Sagrada Comunhão porque está em um estado objetivo de pecado grave devido ao seu apoio de longa data ao aborto.

Durante uma recente entrevista em Roma para a Ação Católica pela Fé e a Família, Card. Raymond Burke esclareceu os critérios da Igreja para a recepção adequada da Sagrada Comunhão e até expressou sua perplexidade sobre a razão pela qual tantos católicos na política não conseguem entender - "não entra em suas cabeças" - a posição imutável da Igreja. O cardeal foi questionado pelo fundador do grupo, Thomas McKenna, se Biden, um católico fanfarrão, poderia receber a Sagrada Comunhão enquanto votava consistentemente no infanticídio e no aborto.

"Certamente ele não é um católico de boa reputação e não deve se aproximar para receber a Sagrada Comunhão", respondeu Burke. "Um católico não pode apoiar o aborto sob qualquer motivo porque é um dos pecados mais graves contra a vida humana. Sempre foi considerado intrinsecamente mau e apoiar sob qualquer forma esse ato é um pecado mortal."

Burke observou que "a pessoa em questão" não apenas apoiou o acesso ao aborto em nosso país, mas declarou publicamente em sua campanha que apóia tornar o aborto acessível a todos da forma mais ampla possível e revogar as restrições impostas à prática.

O cardeal deu duas razões canônicas pelas quais Biden não deve receber a Sagrada Eucaristia.

A primeira razão é devida à caridade para com o próprio Biden, disse Burke, pois quer lembrar ao político católico que recebê-la indignamente é "colocar em risco a salvação de sua própria alma".

But secondly, the prelate observed that it gives scandal to everyone.

Mas, em segundo lugar, o prelado observou que isso causa escândalo a todos.

"Dá a impressão de que está tudo bem para um católico apoiar o aborto", explicou. Dizer "sou um católico devoto" e ao mesmo tempo promover o aborto não é aceitável - "e nunca será", afirmou o cardeal.

Burke enfatizou que não está sendo político e não pretende "se envolver na recomendação de qualquer candidato para o cargo", mas apenas deixando claro os ensinamentos da Igreja.

A importância de receber a Sagrada Comunhão em estado de graça não é uma ideia nova na Igreja, destacou o prelado. Aludindo à 1 Coríntios 11, 27-29, Burke disse que São Paulo ensinou aos coríntios que receber o Corpo e o Sangue de Cristo em um estado de pecado grave é comer e beber a própria condenação.

Burke lançou críticas semelhantes contra John Kerry, o candidato presidencial do Partido Democrata em 2004. No período em que o cardeal era arcebispo de St. Louis, ele proibiu Kerry de receber a comunhão ao passar em campanha pelo Missouri e o repreendeu publicamente por apoiar o aborto.

"Não sei por que os católicos que estão envolvidos na política não conseguem colocar isso em suas cabeças", lamentou Burke.

Ele acrescentou que votar em Biden enquanto ele permanece pró-aborto seria "ridículo".

Por Martina Moyski ChurchMilitant.com  29 de setembro de 2020